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Entre Espelhos e Silêncios: Por que às vezes nos afastamos?

  • Foto do escritor: Paula Lavigne
    Paula Lavigne
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de jul.

Você já parou pra pensar em como o meio crossdresser pode ser ao mesmo tempo mágico e solitário?


Viver o cross é descobrir um universo de expressão, beleza, identidade e liberdade. É colocar um vestido e, junto com ele, vestir uma versão de si mesma que muitas vezes ficou guardada por anos. É se olhar no espelho e finalmente se ver, e não só se enxergar. Mas, entre esses espelhos e reflexos, às vezes também existem silêncios. Ruídos. Divisões.

Hoje quero compartilhar um pedacinho do que tenho sentido... não como uma crítica, mas como um convite ao pensamento. 💭


💔 A união que nem sempre vem


Na teoria, a comunidade cross deveria ser um espaço seguro, onde todas pudessem florescer sem medo de julgamento. Mas na prática, o que muitas de nós encontramos são panelinhas, disputas silenciosas, competições de ego ou até aquele velho olhar de julgamento sutil que dói mais do que palavras.


Será que é medo? Insegurança? Ou a gente só não aprendeu ainda a se abraçar de verdade?


Cada pessoa que entra nesse meio traz uma bagagem única. Algumas vivem o cross como expressão artística. Outras como uma forma de sobreviver em meio à dor da não-aceitação.


Outras ainda estão entendendo se são trans, não-bináries, ou só precisam viver sua feminilidade de forma livre e fluida.


E tá tudo bem. Não existe uma “forma certa” de ser crossdresser.


💗Mas quando começamos a apontar o dedo ou criar regras internas… algo se quebra.


🪞Eu e o espelho


Vou contar algo bem pessoal: quando entrei mais a fundo nesse mundo, esperava encontrar um lar. Mas em alguns momentos me vi numa espécie de disputa por atenção, por aprovação, por pertencimento. É estranho falar isso, porque eu também já julguei sem perceber. Já me fechei, já tive medo de não ser “feminina o suficiente” ou de não ser levada a sério por ser uma cross com estilo diferente, mais “rocker”, mais "menina rebelde sem causa"... rs.


Mas aí vem a pergunta: a quem estamos tentando agradar mesmo?


Quando a gente para pra se perguntar isso, algo muda. A máscara cai, e o espelho mostra quem somos de verdade. E olha… tem tanta beleza ali.


📽️ Um convite ao diálogo


No vídeo, que preparei com muito carinho e muita dor e que ilustra essa matéria, trago um desabafo, sabe? Sobre como tem sido ver tanta divisão dentro do nosso próprio espaço. Sobre como nos atacamos sem perceber, como se não bastasse já viver num mundo que nos julga.


Não é um vídeo de “expor ninguém”. É uma conversa entre amigas. Um papo sincero, porque eu acredito que só com escuta e empatia é que a gente vai construir uma comunidade mais saudável.


🌷 Estamos no mesmo lado


No fim do dia, todas nós queremos o mesmo: sermos amadas, reconhecidas, respeitadas… dentro e fora da nossa pele. Não deixa que o medo nos separe. Não deixa que o ego grite mais alto que o coração. A gente já é tão invisibilizada no mundo… vamos tentar, pelo menos entre nós, nos enxergar de verdade?


Com todo meu carinho,

Paula Lavigne Silva 💄



 
 
 

1 comentário


Julia Nandez
Julia Nandez
04 de jul.

Temos que ser unidas.

Suas palavras dizem tudo, Paulinha.

Vamos nos unir e aceitarmos nossas diferenças.

🙂❤️🌸

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Criação e Design:

Deborah Pausini | Studio Debbi de Criação

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